quarta-feira, 9 de outubro de 2013

de qualquer modo,
se você não vem
eu te invento.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

procurando não encontrar
encontrei
um rastro
um click
um suspiro e um sorriso.

domingo, 11 de agosto de 2013

poema sem título

só, penso sobre o perdão.
e nem nos dias em que
essa time line da vida está
mais falando dele.
o perdão vem.
mesmo quando lembro dos sonhos,
dos pés sobre seus ombros cansados,
o cheiro que tinha dormir sobre seu braço,
inesquecível.
o perdão parece algo que se esconde
no pior da gente,
o cordão umbilical.

é só isso que tenho a lhe oferecer nesses dia
pai.

sábado, 20 de julho de 2013

Leito de Inverno






sabe o que é?
parece que virou câncer incurável aquela célula que antes só cumpria sua funções vitais. o que se poderia matar com o simples olhar de um qualquer, agora tá fadado a sessões mil de diariofeticheterapia, só pra causar mais dor, só pra alimentar feridas.
frequento todos os dias uma sala chamada mundo, os procedimentos médicos se iniciam às 06h e nunca terminam.
mentiras recontadas e requentadas duraram uma primavera e meio verão.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Jardinagem

Não cobro
nem de mim mesmo
ternura
nunca foi digno de mim
algo tão doentio

Não cavo
nem em mim mesmo
angústias
nunca foi digno de mim
algo tão sincero

Não colho
flores nenhumas
nem suas pétalas
nem seus espinhos
Prefiro dar aos egos
copos de leite.

segunda-feira, 6 de maio de 2013


Você produz raiva, confusão, tristeza e dor
Prova que o ciúme é só o estrume do amor



sexta-feira, 8 de março de 2013

Sob(re) confetes e máscaras

no carnaval a gente inventa, sai de fantasia, mais fantasiado do que de costume. usando máscaras alegóricas, disfarçando tudo o que há de mais particular. no meio do baile encontramos olhares que facilmente se tornam interessantes, talvez ajudados pelos goles de cerveja, o som alto dos músicos e das conversas gritadas ao ouvido. percepções logo se tornam conversas bêbadas sobre filmes, músicas e alguma coisa mais. tudo começa com um pedido de isqueiro forjado, logo estariam acamados em um quarto de hotel. andam pela praça a se perguntar o interrogatório de uma primeira conversa, como sempre. beijos no banco da praça, beijos rápidos e reprimidos por algo, alguém que é quase invisível. no outro dia, no mesmo lugar, as mesmas conversas. entre um vinho bom, músicas boas, conversas boas, o corpo não quis nada além de uma gozada imbecil e muito sono. penetrei os olhos em busca de outros, cativei-lhe a alma em busca de outra. fui mais eu mesmo que em outrora. guarde suas dobraduras para alguém que possa se desdobrar, guardarei meus poemas. nada é consumado aqui. são só palavras.