quarta-feira, 24 de março de 2010
valquiria chegou em minha vida assim sem jeito, pelas mãos de um não-sem-quem, cujo nome não pode nem ser dito, foi chegando e me causando inspiração, transpiração, coração batendo forte, forte, até quase sair pela boca, boca seca pedindo cerveja e cigarro. ela veio e ficou por uma noite, me envolveu totalmente, me enlouqueceu, me fez pular as escadas, gritar e dizer eu-te-amo sem nem saber o que é o amor, valquiria se veste de vermelh0-sangue, tem unhas grandes, pintadas de preto, os cabelos bagunçados de um acordei-agora, não é bonita, mas tem aquele ar de superioridade, de domínio, de persuasão. ela ama, ama, ama, mas depois bate, bate e faz sangrar, sangrar até não poder mais, ela fode gostoso contigo, mas quando te vê totalmente fascinado foge sem deixar vestigios, te deixa a ponto de morrer de prazer e te mata, de outra forma. ela é filha-da-puta e te mostra que você também o é, mas não tanto quanto. ela é doentia, vadia, insana, promiscua. ela se acaba e te acaba em poucos minutos, ela é como a vida, que se mostra pra gente toda fodida e a gente ama. e eu a amo, eu te amo valquiria, pode voltar, às quintas, terças, dias quaisquer, ficar por uma noite, causar um sentimento qualquer e eu a amarei.