terça-feira, 8 de junho de 2010

save yourself, survive

a gente se entrega pra tudo isso porque a gente quer isso. queremos o excesso. queremos a vida mais digna (?), mas intensa. porque a  vida que a gente vive. seja 12 X 36, ou 8 horas por dia, seis dias por semana. necessita de salvação. a gente quer se livrar de tudo isso. a gente tá se salvando de tudo isso. tem gente que se salva na mais pura ignorância, e nem sabe que está se salvando (pessoalmente, eu preferia viver na mais pura ignorância, não pensar em todas as questões do mundo podre, viver na mais remota sociedade, na fazendinha, na rocinha, a que fica mais longe de todo esse lixo), mas a gente pensa, a gente pensa demais,
eu vos te falar no que ando me salvando...
eu me salvo lendo a ryane leão, a dolores del fuego, a giovanna, a valentina, a fhâesa niesen, a aline gonzales, a gabriela garcia, o empoeradolp e tudo o que ele escreve do caio f. (tão fascinante), do buck, da averbuck, da clarice, do kerouac, do fante, do fernando pessoa, desses maiores e desses maravilhosos marginais (de quem eu mais leio, eu amo, eu amo verdadeiramente,  vivem aquilo que escrevem, eu sei que são verdadeiros, eu sei que apesar de interpretar das minhas mais podres (ou não) formas eu entendo, não vivo, claro, mas eu sei que cabem bem na gente um "não tenho medo do meu fim (...).embora o caminho mais evidente também não me interesse." , um  "Que a sua garra e coragem me guiem pelo caminho que escolhi." eu tô me salvando nos olhares, palavras dos meus amigos, esses fiéis, que sabem tudo o que eu sou, tudo o que eu vivo, tudo o que eu escolhi pra me salvar. nesses meus amores que eu não sei explicar, nesses meus amores que não sei explicar em palavras, em sentimentos. desses meus amores que eu não sei nem sei se tenho. nesse meu egoísmo. eu não sou escritor, eu escrevo por necessidade. é, eu realmente escrevo por necessidade de vomitar. eu escrevo por necessidade de vomitar isso tudo que há de podre, mágico, horrível que há em mim.