quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vai pra puta que o/a pariu, foda-se suas discussões sobre sexo, sexo vadio, sexo sem amor, amor sem sexo, sexo por sexo, sexo por amor, sexo, sexo, sexo? Será que só existe isso? Será que o que importa é isso? Será? Pô, eu quero mais do que isso, eu quero sentir a pele sem sentir uma parte íntima. Você sabe o que é paixão platônica? Você sabe o que é amor platônico? Você sabe o que é amor? Eu sei? Não, eu não sei. Mas, porra eu odeio quando você fala, odeio ouvir sua voz bêbada dizendo bobagens que você não tem idéia do que seja. Você pode até dizer o que você quer, você pode até dizer muito, você pode até ser mais sincero quando bebe, mas porra, cale a boca, cale sua maldita boca e me beija. Você fala demais, você é farsa de mais, você é tudo [E o cigarro, o meu cigarro demora, demora e eu fico aqui esperando enquanto aquela pessoa, tão sem graça acende] Eu odeio, eu adoro pessoas sem graça. Cazu queria te fazer calar a boca, só pra eu poder arrancar tudo que há em você e carregar pra mim einh.Se eu valesse nada, ainda assim seria melhor, seria tão melhor, tão melhor. Sinto nojo, tanto nojo, nojo de mim mesmo e nojo dessas pessoas que nem querem estar, mas no fundo, no fundo querem ficar até amanhecer, querem ficar e ficar. Eu já nem sei o que escrevo, é verdade, as frases são totalmente desconexas, são totalmente sem sentido, foda-se, eu estou me despedaçando, estou me dilacerando como nunca fiz, estou me entregando totalmente à escrita, estou vomitando todo o meu ego, tudo que tinha medo de dizer, porque já diria alguém, nem sei quem, na verdade eu não lembro, a gente só se esconde, a gente só tem medo da opinião dos outros, dos alheios, do mundo, do mundo podre. Meus ouvidos vão pulgar amanhã e não serão por nenhuma doença, será toda a palavra imbecil de uma pessoa imbecil. Tire-a daqui, alguém, Please?

Tô totalmente confuso quanto à vida, quanto o que sou e o que quero pra mim e pros outros, eu queria fugir, desabar sobre um copo de cerveja, ou de vodka, ou de qualquer coisa que tivesse álcool. Cada vez menos eu gosto de você e olha que eu tinha aprendido a gostar, mas vejo que você só se sente bem quando está com alguém, alguém que esteja te comendo, te comendo e depois te fazendo dormir. Nojo, nojo dessas pessoas que sempre estão à mercê de alguém e nem é de alguém, é de alguém que fode, fode com tudo, fode com a vida, a perspectiva, a dignidade, a identidade e putz, se vai.

Ae me deixaram sozinho, eu e meus pensamentos e a porra da musica do Oasis – Wonderwall. Super irracional o que eu faço, eu faço tudo pra ver o mundo de outra maneira, não com outros olhos, pô nem tenho outros, custo ter os meus, deve ser o primeiro dia da minha vida einh? Cadê você aqui pra me acompanhar nessa nova caminhada? Cadê você? Eu tenho, é eu tenho vontade de me cortar todinho, só pra ver se a dor física e menor que a dor do meu peito e isso não é meu, mas cabe perfeitamente.

Foda-se, foda-se, eu quero mais, eu quero sentir mais aquela sensação de liberdade, liberdade que eu jamais senti e pode até ter sido efeito placebo, mas foi tão intenso e eu desperdicei tudo em uma discussão tola com uma pessoa tola que não faz o menor significado na minha vida.

To tão nem-aí para as pessoas, tô tão mudado, nem quero saber se elas se sentem só, nem quero mais saber, quero mais é que se fodam, assim como estou totalmente fodido, e totalmente mal-pago einh. Meus braços estão doendo, acho que mais o direito, em que me masturbo, em que faço merdinha, Haha, faço merdinha.

Estou amando por um segundo alguém que poderia ter em minhas mãos, ou não. Eu poderia ter feito tudo em apenas uma noite e certamente não sentiria mais nada, mas putz, eu não fiz e agora me sinto um tolo, um medíocre e mais do que isso, um pleno egoísta, se tivesse deixado acontecer teria sido tão bom, tão melhor, mas essa sensação de agora vale toda a pena, vale tudo o que não aconteceu e putz, eu procurava por isso né? Procurava por isso a tanto tempo. Eu busquei sentir isso e estou sentindo de novo. A sensação de deixe-pra-depois que vai ser bem melhor, bem melhor. Agora, eu queira hoje, agora. Bem agora. Vou adormecer e ficar pensando.

Eu não vou deixar você e somente você se foder velho, não vou deixar você se contaminar com toda essa imundice, porque pô, eu amo você do fundo dessa porra da minha alma, eu te darei tudo o que quiser menos o copo de cicuta. Eu sou puta egoísta e sim eu quero morrer primeiro, porque se você se for eu não vou agüentar tanta dor, eu já agüentei o bastante e isso me basta. Vou fazer você chorar a bessa se for necessário, mas eu não vou te entregar pra todo o caos que você diz que ordem, foda-se, foda-se tudo, eu não vou deixar você, jamais.

Eu quero ficar sozinho, você não percebeu? A vontade é jogar tudo pro alto e desabar de chorar, mas desse podre coração de pedra, pedra dura, pedra intensa, já não sai se quer um gota e se sair com certeza ficará emperrada na garganta suja e vai dor um pouco, sempre dói na garganta, mas eu vou deixar ficar ali, só pra saber que realmente não sou capaz de derramar lágrimas, isso é pura perda de energia, energia vital à essa vida vadia. Eu não sei quando parar, vou parar quando tiver vontade, ou melhor, quando não tiver mais vontade. Quando se esvair todo o meu pensamento, quando secar a fonte que ao invés de água, jorra sangue, sangue sujo.

Merda, merda, ta doendo porra, ta doendo aqui dentro, ta doendo ter feito toda essa merda, ta doendo ter mentido e ter jurado, ter fodido e ter amado, ta doendo ser eu mesmo, tão tarde, é sempre tão tarde, poderia ter sido antes, poderia ter ferido menos, poderia ter ferido nada, mas preferi acreditar numa mentira, acreditar na minha mentira, preferi agradar, os outros, os infernos, meus egos, que lá em cima se vangloriam num dizer “eu sabia, eu sabia”, “eu te disse, eu te disse”, eu preferiria acreditar que isso não iria acontecer, mas porra, eu fui, eu voltei e tudo ta acontecendo tão depressa que vai chegar uma hora que não terei mais respostas, respostar ternas, respostas curtas, respostas grossa, vai chegar a hora em que ficarei em silencio a cada pergunta e nem me importarei.

Tanto sangue pra quê? Pra dizer que sempre quis ser livre, nunca quis dar satisfação, vou me foder e vai ser bom, porque quando o dia nascer e eu olhar e ver aquele sol, eu direi, na era pra ser desse jeito, mas acabou sendo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Engraçado é ver o amor se dilacerar, engraçado é ver o amor dos outros se dilacerar bem em frente a sua cara, pode parecer, insensível, mas é engraçado, é muito engraçado.

Se

Queria falar umas verdades, Foda-se todo o mundo. Se você estivesse aqui eu ficaria contigo, tiraria toda a sua roupa, tiraria sua alma e arrancaria o que há melhor em você e claro ficaria pra mim, eu me apaixonaria, eu amaria por um segundo, antes do primeiro raio de sol apagar toda a névoa bonita einh?. Eu beijaria sua pouca boca até que ela se tornasse muita, eu tornaria nosso “eu-te-amo em “bom dia” só pra te ver sorrir e dizer um “como-você-sabe-dizer-mentiras-sinceras” e dizer que gosta disso. Eu adormeceria em seus braços, sobre o seu peito forte ou fraco, foda-se, seus seios ternos, fraternos, eternos. E diria que nossos anos juntos foram os melhores, sem nem saber sobre anos, sem nem ter tantos anos. Ao final diria, vá embora, vá embora logo, e te expulsaria de meu quarto todo desarrumado, todo bagunçado, todo desgraçado. Eu queria fazer aquelas cenas de filme em que você sairia com as roupas na mão totalmente nu/a. E eu não pensaria em você durante todo o dia, eu acordaria às onze e dezessete, não por significar algo esse horário, só porque seria um horário, eu faria um café amargo e ruim, e ouviria músicas tristes durante todo o dia e fumaria todo o meu cigarro, mesmo que não sabendo que não tenho mais dinheiro pra comprar, e eu tenho. Eu não comeria nada, porque não faria sentido comer, eu beberia a vodka que sobrou de ontem, porque assim como todos, você teria bebido toda a coca, que era meu café da manhã. Eu iria no posto comprar uma pizza da Sadia, e não comeria, por pura preguiça de assá-la. Eu compraria mais cigarro, como disse fumaria todos, e mesmo não tendo mais dinheiro, eu tiraria o limite só pra fumar mais, passaria o dia todo ouvindo músicas, vendo vídeos na Internet e viveria uma vida que não tenho, eu veria o pôr-do-sol no fim do dia da janela do meu quarto e te chamaria pra minha casa pra viver tudo de novo, você diria “não” e eu nem me importaria, eu ficaria olhando pra tela do computador, repetindo seu não, repetindo meu não-me-importo, não-me-importo, mesmo sabendo que me importo de ficar só, porque sou carente, sou carente de gente quente, cama quente, eu chamaria outra pessoa, ela também diria não, não vou, e seria mais enfático, eu ficaria sozinho, sozinho no meu quarto e leria sem querer Kafka, e ia gostando disso, de ficar só, de me sentir só, de estar só, eu sozinho com meu livro e minhas músicas, minha vida, e adormeceria e no outro dia, das minhas férias, eu iria ficar só, sentiria vontade de tirar a vida, mas não faria isso, porque eu pensaria em você, pensaria em como você ficaria triste, mas penso também que não sentiria nada e não valeria a pena eu me tirar a vida pra você não sentir nada.

Para escritora

O que isso de você? você toca cada parte do meu corpo com seus escritos. vai lá no fundinho do coração, machuca, dá tapa com luva de pelica, mostra a dor, mostra o amor, me faz pensar que me encaixo no que você escreve, as vezes não, mas muitas, muitas vezes sim. você é maravilhosa, e não pense que isso é um clichê barato. acho que ser uma escritora frustrada como você se diz, é o melhor que há em você. Sem abusos, sem contar-vantagem. você vomita tudo que você quer, tudo o que pensa no que escreve, é um vômito bom ou não, diria que é um vômito daqueles que o Bukowski fala sabe? eu vou lendo os textos em voz alta e vem a raiva, vem a calma, vem o pranto, vem todo o sentimento que transperece em cada letra-palavra-frase. e vou lendo mais alto, e mais alto, tento interpretar o seu grito e seu sussurro em minha mente, só pra ver até onde eu vou conseguir ler sem respirar. me tornei seu fã pela sua intensidade, pela sua vontade louca de escrever.
escrevo com o ventilador ligado, o ardente calor queima a pele e os meus olhos, nessa casa de janelas de vidro sem cortina...

tudo ficou tão claro e tão o[su]bjetivo . após tanto teimar em não aceitar os fatos, eu resovli me despir de toda a imundice que me cercava e por pra fora, bem vomitado, tudo o que estava apodrecendo meu coração, coração esse que já nem sei se bate ou se rebola. a orientação sexual ou a falta dela me acompanha desde os 14 aproximadamente, me dilacerou tanto até agora, que as cicatrizes certamente não mais de feicharão, mas ao invés de deixá-las abertas, sangrando, pulgando, apodrecendo, resolvi que irei remediar, me desenquadrei de todo e qualquer rótulo, hetero, homo, bi [sexual ou afetivo] (já são tantas palavras pra camuflar o preconceito, que já nem sei o que usar). Vá lá. não vou seguir nenhum ramo dessa publicidade vulgar, eu sou ser humano carente, de gente, de outra gente, gente quente, que me aguente, que me sente, sou carente de cama quente, posso ser até doente, sou carente. Não quero um homem, uma mulher, eu quero uma pessoa, duas, três, mil. quero sentir a outra pele na minha, o calor, a energia das almas, quero sentir, quero viver e nada vai mais me impedir.